Porsche 718 Boxster
Não é um 911 – disso ninguém duvida -, mas é um desportivo que não defrauda as melhores expectativas. Surgiu em 1996 e desde então não parou de evoluir até 2016, altura em que foi profundamente reformulado e assumiu um novo nome. Hoje chama-se 718 Boxster e é muito mais do que a evolução da geração do descapotável de dois lugares que a marca de Weissach mantinha no catálogo desde 2012.
Herdou o nome de um coupé com grande sucesso na competição nos anos 50 e 60 e, sem alterações radicais ao conceito, afirma-se como um alter-ego que assume a sua identidade com inovações no campo da forma da carroçaria. A decisão pode ser discutível, mas parece bem uma marca assumir o seu passado, sobretudo quando ele foi construído com base no sucesso desportivo.
O habitáculo não surpreende que esteja identificado com a marca. Tem aquela imagem requintada e desportiva que tem tudo a ver com tradição, mas tem um aspecto mais moderno e desportivo, sublinhado por um volante igual ao dos 911. O sistema multimédia também evoluiu.
Ao nível das performances qualquer deles é mais rápido do que os anteriores. A versão base chega aos 275 km/h e passa de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e a S atinge os 285 km/h e os 100 km/h em 4,6 segundos. As diferenças não são grandes se apreciadas pelo lado da frieza dos números, mas são mais do que evidentes no que toca à emoção de quem está sentado atrás do volante.
Esses não podem deixar de notar as diferenças no carácter das duas versões. É certo que não há grandes alterações ao nível do chassis entre o velho Boxster e o novo 718 Boxster, mas a Porsche afirma que ele foi totalmente reconfigurado. Agora propõe, em opção, uma suspensão com menor altura ao solo (uma redução de 10 mm) com amortecedores de altura variável, ou – em exclusivo para o 718 S – uma suspensão ainda mais baixa e portanto mais desportiva. A este nível as grandes diferenças são feitas de pequenos detalhes e são eles que custam dinheiro porque fazem toda a diferença.